Leonardo Pessoa da Silva Pinto
Pontifício Instituto Bíblico (Roma)
https://orcid.org/0000-0001-5828-5430
Resumo: A heterogeneidade da Septuaginta é, às vezes, ignorada na pesquisa exegética e teológica da Bíblia. A Septuaginta apresenta, porém, caraterísticas que variam conforme cada livro que dela faz parte. O objetivo deste artigo é mostrar o estado da pesquisa sobre a LXX para cada obra deste corpus, bem como os pontos ainda em debate e, assim, ilustrar a multiplicidade que compõe a LXX. Esta heterogeneidade com relação à situação textual, linguística e, em alguns casos, teológica de cada livro da LXX deve ser levada em conta pelo biblista que dela pretende fazer uso.
Palavras-chave: Septuaginta. Técnica de Tradução. Crítica Textual. Exegese. Antigo Testamento.
Abstract: The heterogeneity of the Septuagint is sometimes ignored in the exegetical and theological study of the Bible. However, the Septuagint displays features that vary according to each book that it contains. The objective of this article is to present the state of the research on the LXX of each work in this corpus, just as the points still in debate and thus, to show the multiplicity that constitutes the LXX. This heterogeneity concerning the textual, linguistic and, in some cases, theological character of each book of the LXX must be taken into account by the biblical scholar intending to use it.
Keywords: Septuagint. Translation Technique. Textual Criticism. Exegesis. Old Testament.
A Septuaginta, além de constituir uma obra com valor autônomo, é uma testemunha fundamental para o estudo do texto hebraico do Antigo Testamento. Apesar da sua relevância, a Septuaginta é, frequentemente, ignorada ou incompreendida por estudantes e pesquisadores da Bíblia. Seria uma abordagem errônea considerar a Septuaginta uma tradução feita por um só tradutor ou por um único grupo de tradutores. Hoje, é muito claro que a Septuaginta (LXX) inclui um conjunto de traduções realizadas em períodos diferentes e por tradutores diferentes, os quais trabalhavam com princípios muito variados. Além disso, a situação do texto grego e suas testemunhas para os vários livros bíblicos é muito diversificada.
O objetivo deste artigo é apresentar em modo sintético a situação do texto grego nos vários livros e seções bíblicas, bem como alguns dos problemas atualmente debatidos pela pesquisa. Destarte, o presente artigo pretende apresentar ao leitor, particularmente àquele iniciante em estudos sobre a Septuaginta1, o status quaestionis da pesquisa sobre a LXX dos vários livros bíblicos e, ao mesmo tempo, sustentar a tese de que a LXX é uma realidade complexa e que deve ser estudada no respeito à sua heterogeneidade. Além das referências citadas abaixo, a apresentação que se segue depende em grande parte dos estudos publicados em T&T Clark Companion to the Septuagint2, em 2015, e em Handbuch zur Septuaginta3, em 2016.
Esta contribuição é ainda uma reação ao artigo de Rodrigo Franklin de Sousa publicado em 2018, no qual o referido autor lamentava o pouco trabalho com a Septuaginta realizado até então na América do Sul4. De fato, há pouco material publicado, sobretudo em língua portuguesa. Como expressei no meu artigo de 20185, a esperança é a de que novos pesquisadores se sintam encorajados a investigar a Septuaginta.
A tradução grega do Pentateuco é comumente datada no século iii a. C. Para o Pentateuco, foram já publicados os volumes da edição de Göttingen por J. W. Wevers (1974-1991). A técnica de tradução varia de livro para livro, o que sinaliza que os livros do Pentateuco tiveram diferentes tradutores, como reafirmado recentemente (2019) por Kim em sua monografia6. É importante destacar que a linguagem da LXX do Pentateuco foi a mais estudada dentre os livros da Septuaginta, seja do ponto de vista da lexicografia, e.g. o estudo clássico de Lee7, seja do ponto de vista da sintaxe, e.g. autores da escola de Helsinki (I. Soisalon-Soininen, R. Sollamo, A. Aejmelaeus etc.). O Pentateuco conta ainda com uma importante monografia de Evans sobre a sintaxe verbal8. Estudiosos mostraram que a LXX dos cinco livros do Pentateuco manifesta um pano de fundo judeu-alexandrino semelhante e visível na tradução, o qual se manifesta no tratamento dado à Vorlage, nas harmonizações com passagens paralelas, nas formas de exegese judaica e na tradução das leis com aplicações atualizadas. Além das ricas notas e introduções presentes na tradução francesa da LXX do Pentateuco, a série Bible d’Alexandrie, as notas do editor da LXX de Göttingen, Wevers9, constituem referências obrigatórias para o estudo destes livros. Uma das conclusões importantes de Wevers é que não há na tradição manuscrita da LXX do Pentateuco um texto de tipo luciânico10.
Frequentemente admite-se que Gênesis foi um dos primeiros livros da Septuaginta a ser traduzido, talvez o primeiro. É possível que o livro tenha tido sempre um único tradutor grego. Nota-se, contudo, um crescimento ou melhoramento nas suas competências enquanto tradutor ao longo do trabalho, sobretudo quando se compara a tradução dos primeiros 10 capítulos àquela do restante do livro11. A tradução é geralmente de um tipo literal, com muitos hebraísmos, menos literal, porém, do que aquela de Levítico, Números e Deuteronômio. A Vorlage12 hebraica da LXX de Gênesis provavelmente era próxima, ainda que não idêntica, ao Texto Massorético (TM). Uma peculiaridade da Septuaginta de Gênesis é que Codex Vaticanus, um dos manuscritos mais importantes para o AT grego, não contém o texto de Gn 1–46,28. Assim, Codex Alexandrinus toma o posto de testemunha grega mais relevante pela sua antiguidade e completude ao longo da maior parte do livro. Um dos aspectos em que a LXX se diferencia significativamente do TM se refere à cronologia encontrada nas genealogias de Gn 5 e 11.
Costuma-se admitir que a LXX do livro do Êxodo é uma tradução mais livre, menos literal, do que a do resto do Pentateuco. O tradutor deste livro teve mais atenção aos requisitos da língua de chegada da tradução, o grego13. A tradução grega é baseada em um texto hebraico de tipo massorético, muito embora a Vorlage apresente algumas diferenças em relação ao TM. Existe, porém, uma grande diferença entre a LXX e o TM do Êxodo nos capítulos referentes ao segundo relato do Tabernáculo (Ex 35–40), e se discute se a versão da Septuaginta deva ser reconhecida como mais antiga do que a do TM. Ocorre, porém, que a versão mais antiga da LXX pode ter sido preservada na Vetus Latina, e não nos grandes unciais como Codex Vaticanus, os quais representam uma versão já revisada do relato14. O problema foi discutido amplamente por D. Lo Sardo em uma tese defendida no Pontifício Instituto Bíblico e publicada em 202015. Outra questão pertinente sobre a LXX do Êxodo é que, na história da pesquisa, a versão de Teodocião para este livro foi associada ao tipo de texto chamado Kaige16, muito embora essa associação tenha sido posteriormente criticada e abandonada pela maioria dos especialistas. O termo “Kaige” se refere a um grupo de traduções ou revisões gregas que compartilham certas técnicas de tradução (preferências lexicais ou sintáticas) e que se relacionam mais estreitamente ao texto hebraico de tipo massorético. Voltaremos a falar deste grupo quando trataremos os livros históricos.
Para o livro do Levítico tende-se hoje a reconhecer que o texto dos grandes códigos em unciais, como Codex Vaticanus e Codex Alexandrinus, representa uma forma já revisada do texto grego. A forma mais antiga seria aquela dos textos encontrados em Qumran (4QLXXLeva e 4QpapLXXLevb)17. Como Wevers, editor da LXX de Göttingen para o livro do Levítico, seguia a opinião oposta, pode-se hoje questionar algumas das opções feitas no curso daquela edição crítica. Embora o texto grego dos testemunhos de Qumran mostrem uma técnica de tradução mais livre do que a dos unciais, permanece em todo caso uma tradução que tende ao literalismo. Awabdy, no seu comentário à LXX do Levítico baseado no Codex Vaticanus, sustenta que a Vorlage usada pelo tradutor não era um texto hebraico do tipo massorético (ou proto-massorético), mas de um tipo distinto18.
A LXX de Números é uma tradução de tipo mais literal19, feita a partir de uma Vorlage hebraica semelhante ao TM, ainda que não totalmente idêntica a este. O tradutor de Números é considerado o menos cuidadoso dentre os tradutores do Pentateuco, tendo deixado passar muitos erros e imprecisões. Além disso, o tradutor parece ter harmonizado o texto e eliminado inconsistências da Vorlage. O tradutor lidou bem com o léxico e com a sintaxe verbal quando estes não requerem atenção ao contexto mais amplo. Contudo, quando uma tradução correta do hebraico demandaria atenção ao contexto mais largo, ou seja, àquilo que precede ou segue o trecho sendo traduzido, o tradutor cometeu vários erros e impropriedades20.
A tradução grega do Deuteronômio é contada entre as mais literais21, como é o caso de Levítico e Números, com pouca atenção às exigências de estilo e sintaxe da língua grega e muita influência da estrutura do hebraico. Isso não exclui, porém, a presença de traduções exegética ou teologicamente motivadas, nem a competência do tradutor em algumas áreas como, por exemplo, sensibilidade para tempos e aspectos verbais22. A Vorlage hebraica se diferenciava do TM apenas em alguns detalhes e não há grandes divergências com relação a longas omissões, adições ou ordem dos textos. Uma testemunha importante para a LXX do Deuteronômio é o manuscrito 848, o qual contém o texto de Dt 17,14–33,29. O papiro encontrado no Egito, do primeiro século a. C., cronologicamente precede em muito os grandes unciais dos séculos iv e v. A LXX do Deuteronômio é o livro do Pentateuco mais citado no NT.
A situação da LXX dos livros históricos é ainda mais variada e complexa do que aquela do Pentateuco. Entre outros fatores, a presença de um texto luciânico e de Kaige em muitos livros incrementa ainda mais a heterogeneidade da Septuaginta nessa seção.
A edição de Göttingen para Josué ainda não foi publicada. A edição de Margolis23, embora importante e ainda utilizada, contém erros. Na edição de Rahlfs os textos do Codex Vaticanus e do Codex Alexandrinus são apresentados em colunas paralelas em 15,21-62 e em 18,22–19,45 porção em que os dois manuscritos divergem consideravelmente. A tradução parece ter sido realizada no final do século iii a. C. e é de um tipo intermediário24, nem tão literal quanto Ssm-Kgs, nem tão livre quanto, por exemplo, a LXX de Provérbios. A tradução conta, por exemplo, com boa variedade de vocabulário. O texto grego permanece, contudo, próximo à Vorlage hebraica, mas discute-se quanto esta distava do TM. Em relação ao TM, a LXX de Josué contém um número não indiferente de adições relativamente longas e, ao mesmo tempo, apresenta algumas omissões significativas. Para muitos autores as diferenças se devem a uma Vorlage diversa; a LXX de Josué seria testemunha de uma tradição textual hebraica diferente daquela que se desenvolveu até se tornar o TM. Nesta linha, alguns sustentam que a Vorlage hebraica da LXX de Josué apresenta o texto mais antigo retrabalhado na versão do TM, enquanto parte dos especialistas sustenta o contrário. Uma terceira corrente defende a ideia de que ambas as tradições revisaram em direções diferentes a narrativa original. Por fim, uma linha mais recente na pesquisa nega que a LXX de Josué aponte para uma Vorlage diversa, mas defende a noção de que o tradutor reformulou o texto base da tradução, um texto hebraico semelhante ao TM, segundo critérios exegéticos e estilísticos próprios25. Um problema textual famoso em Josué diz respeito à posição da passagem sobre o altar no monte Ebal: 8,30-35 no TM; após 9,2 na LXX. Outra questão estudada na história da pesquisa é a relação da LXX de Josué com o grupo Kaige. Greenspoon argumentou em favor da identificação do texto de Teodocião em Josué com o grupo Kaige e que muitas leituras de tipo Kaige estão presentes também na recensão origeniana26.
A edição de Göttingen para Juízes está sendo preparada por José Manuel Cañas Reíllo. A edição de Rahlfs apresenta a LXX de Juízes em duas colunas paralelas, um texto “A” baseado no Codex Alexandrinus e um texto “B” baseado no texto do Codex Vaticanus, pois aquele editor acreditava na existência de duas recensões diferentes para o grego de Juízes. Hoje, tende-se a aceitar, ao contrário, um número maior de tipos textuais, mas todos derivando da mesma tradução original. A tradução grega, de tipo literal, pouco idiomático27, e atenta à ordem das palavras da língua de partida da tradução, foi baseada em um texto hebraico muito semelhante ao TM e deve ter sido realizada no século ii a. C. Também em Juízes foi identificada a revisão Kaige que pode ser encontrada no tipo textual representado por Codex Vaticanus28. O grupo de manuscritos de tipo luciânico é aquele que permaneceu mais próximo da tradução original29. Uma conclusão curiosa é que o texto “B” da edição de Rahlfs contém a revisão Kaige enquanto o texto “A” constitui aquela hexaplárica30, ambas mais distantes da OG (grego antigo, o texto grego original) do que o texto luciânico.
A edição de Göttingen para Rute foi publicada sob os cuidados de Quast (segunda edição de 2009). Trata-se de uma tradução de tipo mais literal, com grande aderência a uma Vorlage hebraica muito próxima ao TM. O texto grego se apega à ordem do texto hebraico e apresenta muitos hebraísmos. A LXX de Rute é incluída no grupo Kaige, mas aqui é a própria tradução original do livro que se relaciona com o grupo, não uma revisão posterior (a não ser que a OG tenha se perdido completamente e apenas a revisão tenha sobrevivido, dando a falsa ideia de constituir a tradução original)31. O Codex Vaticanus é considerado a testemunha mais importante para o livro. A história do livro de Rute teve um certo impacto no NT nas genealogias de Jesus nos evangelhos de Mateus e Lucas.
A edição de Göttingen para 1-2 Samuel ainda está em preparação. A LXX dos livros de Samuel constitui uma tradução, provavelmente do século ii a. C., de tipo mais literal feita a partir de um original hebraico que se diferenciava do TM de modo significativo. Este fato foi confirmado sobretudo após a descoberta dos fragmentos de Samuel em Qumran, quando textos hebraicos mais próximos da LXX (4QSama,b,c) foram encontrados. A combinação destes dois fatores, técnica de tradução literal e Vorlage distinta do TM, sugere aos estudiosos da LXX de Samuel que a maioria das diferenças entre o TM e a LXX não são devidas ao tradutor, mas ao texto-base da tradução. Grandes diferenças entre o TM e a LXX foram apontadas sobretudo em 1 Sam 1–2 e 1 Sam 16–17, constituindo possivelmente diferentes versões das histórias do nascimento de Samuel e do combate entre Davi e Golias, respectivamente. Um dos problemas relevantes para a LXX de Samuel é que, em grande parte de 2 Sam, capítulos 10–24, a tradução original foi substituída na maioria da tradição manuscrita por uma revisão do tipo Kaige, a qual aproximou o texto grego a um texto hebraico do tipo TM32. Isto significa que a partir de 2 Sam 10, o texto presente mesmo nos manuscritos considerados os melhores em outras seções é, em realidade, uma revisão e não a OG. Como apenas os manuscritos que testemunham o texto luciânico não sofreram revisão de tipo Kaige, a importância do texto luciânico para a LXX de Samuel é enorme, embora mesmo o texto luciânico contenha elementos secundários derivados de um outro tipo de revisão. Devido à sua maior homogeneidade, o texto luciânico foi aquele escolhido como base para a tradução espanhola da LXX33. Assim, o testemunho de outras versões derivadas da LXX, como a Vetus Latina e a versão copta, tem um lugar central para dirimir as divergências entre as duas revisões. A LXX de Samuel teve considerável influência no NT e na patrística.
A edição de Göttingen para 1-2 Reis ainda não foi publicada. A situação da LXX de Reis se assemelha muito à dos livros de Samuel34. De fato, na linguagem da LXX, 1-2 Samuel e 1-2 Reis são tratados como o mesmo livro, 1-4 Reinados. A tradução grega original é de tipo literal e se supõe para Reis o mesmo tradutor dos livros de Samuel; logo, uma datação no ii século a. C. Também em partes dos livros dos Reis (1 Reis 1,1–2,11 e 1 Reis 22,1–2 Reis 24,25) a revisão Kaige suplantou a tradução original na maioria dos manuscritos, sendo que as testemunhas do texto luciânico são as únicas inalteradas por aquela revisão. Portanto, nas seções tocadas por Kaige, o texto luciânico, sobretudo quando apoiado pela Vetus Latina e outras versões, tem um papel central na determinação da OG35. A LXX de Reis apresenta várias diferenças em termos de cronologia dos vários reis em relação ao TM36. Além disso, o texto luciânico apresenta muitíssimas variações na posição de versículos em relação ao TM e às outras testemunhas da LXX. Como ocorre também em Samuel, há muitas diferenças entre o TM e a LXX nas narrativas de 1-2 Reis, dentre as quais 1 Reis 16, a história do rei Josafá, com significativas divergências entre as duas versões. Como Samuel, a LXX de Reis é bastante citada no NT e nos autores da patrística.
A edição de Göttingen é disponível apenas para 2 Crônicas (2014). Supõe-se que Crônicas foi um dos últimos livros da LXX a serem traduzidos. Na linguagem da LXX, o texto grego de Crônicas é chamado Paralipômenas. A tradução, bastante literal, segue a ordem do texto hebraico e é influenciada pela sintaxe da língua de partida da tradução. O tradutor produziu um texto com muitos calques e que segue, palavra por palavra, o hebraico de uma Vorlage muito semelhante ao TM. Um aspecto fundamental da técnica de tradução, o tratamento do sistema verbal, foi discutido detalhadamente na monografia de R. Good de 201037. O Codex Vaticanus é uma testemunha particularmente importante neste livro. Na tradição textual grega de Crônicas encontramos também manuscritos contendo o texto de tipo luciânico. Não foram encontradas em Crônicas, porém, testemunhas de um texto de tipo Kaige38.
A edição de Göttingen para 1 Esdras foi publicada sob os cuidados de Hanhart (1974). Na LXX, enquanto 2 Esdras designa os livros de Esdras-Neemias da Bíblia hebraica, na LXX, diferentemente, 1 Esdras constitui uma obra que não faz parte do cânon católico, nem sequer entre os deuterocanônicos, mas que é incluída no cânon da Igreja Ortodoxa. O livro contém material presente em Esdras-Neemias e Crônicas, além de material próprio. A maioria dos especialistas acredita que 1 Esdras depende daqueles livros e não o contrário39. O nome deste livro é causa de confusão, pois é frequentemente designado 3 Esdras, sobretudo pela tradição acadêmica alemã. Tende-se a aceitar para o texto grego de 1 Esdras uma datação em torno da metade do século ii a. C., em Alexandria. Discute-se se o texto é, de fato, uma tradução de um original hebraico ou uma composição grega, mais precisamente, uma compilação baseada na tradução grega de outros livros. Não foi encontrado um texto hebraico completo do livro de 1 Esdras e o grego na obra parece ser de um tipo mais livre, fluente e elegante. Apesar disto, a maioria dos especialistas acredita que existiu uma Vorlage semítica de 1 Esdras e que o livro é, efetivamente, uma tradução. O uso de 1 Esdras para a crítica textual da LXX ou do TM de Esdras-Neemias e Crônicas é difícil, em alguns casos impraticável. Embora não haja citações do livro no NT, 1 Esdras é conhecido e citado por autores da patrística.
A edição de Göttingen para 2 Esdras foi publicada sob os cuidados de Hanhart (1990). Na LXX, 2 Esdras designa a tradução grega de Esdras-Neemias. A tradução é de tipo mais literal, seguindo a estrutura do hebraico ou aramaico, e se baseia em uma Vorlage próxima ao TM, muito embora se discuta se algumas omissões na tradução grega são devidas a fenômenos de corrupção textual ou a diferenças na Vorlage. A datação da tradução é incerta, mas foi proposto o século ii d. C.40 Contém semelhanças com Teodocião em Daniel e, embora partilhe algumas características com o grupo Kaige, não apresenta todos os elementos peculiares ao grupo. Assim, parece ter alguma relação com Kaige, mas não está entre os membros mais representativos do grupo41. Há, contudo, um texto de tipo luciânico de 2 Esdras.
A edição de Göttingen para Ester foi publicada sob os cuidados de Hanhart (1966). O texto grego de Ester contém seis longas adições em comparação com o TM, o que aumenta o tamanho da obra em cerca de 50%. Estas longas expansões narrativas são secundárias, posteriores ao texto hebraico, e costumam ser tratadas à parte pelas características distintas que apresentam. Acrescentando cerca de 107 versículos ao texto de Ester42, as adições parecem ter origem em fontes e períodos diversos. Não obstante, elas conservam no texto grego de Ester uma obra literária distinta de Ester hebraico43, uma obra que enfatiza mais do que o hebraico temas religiosos, por exemplo. As adições A, C e D são geralmente consideradas traduções de um original semítico (contidas ou não na Vorlage da tradução original de Ester); por outro lado, as adições B e E são tidas como composições originalmente em grego, enquanto F é indeterminada. À parte estas longas adições, o texto grego contém inúmeras pequenas adições e omissões espalhadas pelo texto, mesmo nas partes com correspondente no hebraico. Discute-se o quanto estas diferenças se devam a uma Vorlage diferente ou, ao contrário, ao trabalho do tradutor. Supõe-se que a tradução ocorreu em fins do século ii a. C. ou início do século i a. C. Embora contenha influências do hebraico, o grego de Ester é de um tipo idiomático, atento ao estilo e ao contexto. Outra questão relevante sobre a LXX de Ester é que o texto grego contém duas versões diferentes; aquela que costuma ser chamada OG ou simplesmente LXX (descrita acima) e o Texto-Alfa44, anteriormente considerado luciânico e testemunhado pelos manuscritos 19, 93, 108 e 319. Não há consenso concernente à relação dos dois textos gregos entre si, a relação dos dois textos gregos com a Vetus Latina e a relação do Texto-Alfa com o TM.
A edição de Göttingen para Judite foi publicada sob os cuidados de Hanhart (1979). O livro parece ter sido escrito entre fins do século ii e meados do século i a. C. O grego de Judite é influenciado pela sintaxe hebraica e pela linguagem utilizada em outros livros da LXX. Por outro lado, Judite contém um número relativamente alto de hapax legomena na LXX. Além disso, há semelhanças entre a história contada no livro e passagens do historiador grego Heródoto. Discute-se, assim, se Judite constitui uma tradução de um original hebraico perdido ou, numa corrente mais recente de estudiosos, se foi escrito diretamente em grego por um autor que buscou emular a linguagem da LXX45. Muitos aspectos do grego de Judite foram estudados recentemente por E. Bons46, o qual acredita que Judite seja uma composição grega. Além da recensão origeniana, em Judite se encontra também aquela luciânica. Judite faz parte do cânon católico, mas não é contado entre os livros sagrados do Judaísmo. Não há citações explícitas de Judite no NT, mas algum eco se encontra no evangelho da infância em Lucas. Além de citações em autores da patrística, Judite é amplamente representada na história da arte.
A edição de Göttingen para Tobias foi publicada sob os cuidados de Hanhart (1983). Para o livro de Tobias há três versões gregas diferentes. Em Qumran foram encontradas quatro testemunhas de Tobias em aramaico e uma em hebraico contendo partes do livro. Tobias é uma tradução de um texto semítico, aramaico ou hebraico, semelhante aos textos de Qumran. Estas testemunhas parecem conter todas o mesmo tipo textual e concordam com a Vetus Latina e com o texto grego do Codex Sinaiticus, o chamado G-II ou “Texto Longo”. A maioria das testemunhas gregas contém uma revisão do grego original que recebe a sigla G-I, o “Texto Breve”. Por fim, um pequeno número de manuscritos tardios contém uma outra revisão entre Tb 6,8–13,2, o G-III ou “Terceira versão grega”. Embora mais próximo da tradução original, G-II não deve ser simplesmente identificado com ela47. As testemunhas da Vetus Latina são fundamentais na reconstrução da OG de Tobias, sobretudo nos trechos em que Codex Sinaiticus é lacunoso ou defeituoso. A datação da tradução original é incerta. Esta tradução é influenciada por semitismos, embora o tradutor dê amostras de boa competência na língua grega. G-I, ao invés, constitui uma revisão que elimina redundâncias e melhora a consistência e fluência do texto grego. G-III é uma revisão que não depende de G-I, mas que tende igualmente a abreviar o texto e melhorar o seu estilo.
A edição de Göttingen para 1 Macabeus foi publicada sob os cuidados de Kappler (segunda edição de 1967). O livro deve ter sido composto na primeira metade do século i a. C. A maioria dos pesquisadores acredita que o livro seja uma tradução de um original hebraico perdido48, o que pode ser argumentado com base na linguagem usada no livro, mas também com base nos testemunhos de Orígenes e Jerônimo sobre a existência de uma forma hebraica da obra. O grego de 1 Macabeus, cheio de hebraísmos, é de um nível inferior ao grego literário de 2 Macabeus, mas ainda assim contém exemplos de bom estilo e hábil uso de figuras retóricas49. O texto de 1 Macabeus é testemunhado, além dos manuscritos em minúsculas, pelos grandes unciais Codex Sinaiticus, Codex Alexandrinus e Codex Venetus, mas não é presente no Codex Vaticanus. Embora os eventos contados no livro estejam na origem da Festa de Hanukkah, 1 Macabeus não é contado entre os livros oficiais do Judaísmo, mas faz parte do cânon católico entre os deuterocanônicos.
A edição de Göttingen para 2 Macabeus foi publicada sob os cuidados de Hanhart e Kappler (segunda edição de 1976). Como se sabe, o livro não é uma continuação de 1 Macabeus, mas uma narrativa sobre alguns dos mesmos eventos em 1 Macabeus, em parte uma história paralela àquela. 2 Macabeus, ao contrário da maior parte da LXX, não é uma tradução, mas uma composição grega50. Há, contudo, uma exceção: as cartas em 2 Mc 1,1–2,18, as quais parecem derivar de um original hebraico. O livro é ausente do Codex Vaticanus e do Codex Sinaiticus, mas é testemunhado no Codex Alexandrinus e Codex Venetus. Como para outros livros históricos, há um texto de tipo luciânico para 2 Macabeus. A datação da composição é discutida, variando entre fins do século ii e a primeira metade do século i a. C. O grego de 2 Macabeus é um koiné literário de alto nível51, às vezes comparado ao de Políbio. Além da sintaxe sofisticada, o livro mostra um bom manejo de figuras de retórica. Apesar das referências à festa de Hanukkah, 2 Macabeus não é contado entre os livros oficiais do Judaísmo, mas, como 1 Macabeus, faz parte do cânon católico entre os dêutero-canônicos. O livro teve boa acolhida entre escritores eclesiásticos, sobretudo a história do martírio da mãe com seus sete filhos em 2 Mc 7, em vista do martírio dos cristãos.
A edição de Göttingen para 3 Macabeus foi publicada sob os cuidados de Hanhart (segunda edição de 1980). Trata-se de uma composição grega, não de uma obra de tradução. Apesar do título do livro, a revolta macabéia não é um tema da obra, a qual fala de uma perseguição aos judeus que teria ocorrido décadas antes em Alexandria, sob Ptolomeu IV. Não há consenso em relação à datação do livro, com autores postulando datas que vão do início do século i a. C. ao início do século i d. C. O autor, judeu de língua grega, demonstra ter recebido uma educação de alto nível e compõe com uma ampla gama de vocabulário. Escrevendo no período helenístico, sofre, contudo, influências do aticismo. O estilo mais próximo a 3 Macabeus entre os livros da LXX se encontra em 2 Macabeus. Entre os grandes unciais, o livro é testemunhado pelo Codex Alexandrinus e pelo Codex Venetus. Há uma recensão luciânica também para esta obra52. Não há nenhuma tradução do livro em latim, mas a Peshitta contém uma tradução da obra em siríaco. Embora não faça parte do cânon católico, o livro é incluído no cânon ortodoxo.
O volume de 4 Macabeus para a edição de Göttingen ainda está sendo preparado por R. Hiebert. O livro constitui uma versão ampliada das histórias envolvendo mártires judeus em 2 Mc 6,18–7,42. Trata-se de uma composição grega, não de uma tradução, com uso amplo de vocabulário, de figuras de linguagem e artifícios de retórica. Além da sintaxe elaborada e do bom estilo, o autor emprega muitos neologismos e uma enorme gama de palavras que não se encontram em nenhum outro texto da LXX. De fato, utiliza muitos termos provenientes da filosofia helenística53. A obra deve ser datada no século i d. C., mas a atribuição da autoria a Flávio José é só lendária54. O texto é testemunhado pelo Codex Alexandrinus, Codex Sinaiticus e Codex Venetus, além dos manuscritos em minúsculas. Como em 3 Macabeus, não há traduções latinas antigas para 4 Macabeus, mas o livro foi traduzido em siríaco. O livro não faz parte do cânon católico, mas é possível que 4 Macabeus tenha influenciado a composição dos martirológios cristãos dos primeiros séculos.
Como para os livros históricos, a situação da LXX nos livros sapienciais é mais variada e, frequentemente, mais complexa do que no Pentateuco. Também para alguns livros desta seção do AT se encontram textos luciânicos e aqueles de tipo Kaige.
A edição de Göttingen para os Salmos foi publicada sob os cuidados de Rahlfs (1931; a terceira edição é de 1976). F. Albrecht (2020) explica que é em curso um projeto para uma nova edição, visto que a edição de Rahlfs sofre de vários defeitos e precisa ser atualizada55. A maioria dos especialistas acredita que a tradução grega ocorreu no século ii a. C., muito embora o local seja ainda motivo de debate, alguns sustentando que a tradução foi realizada na Palestina, outros, no Egito. As semelhanças da tradução com o grupo Kaige levaram alguns especialistas a ver a LXX dos Salmos como parte do grupo, mas hoje prefere-se pensar que a tradução de Salmos precedeu e influenciou a técnica de tradução encontrada nos membros do grupo Kaige56. Trata-se, em todo caso, de um único tradutor, quem buscou equivalência lexical e procurou manter a ordem do hebraico ao longo do trabalho. Quanto o tradutor tenha inserido nuances teológicas ou exegéticas na tradução é um ponto ainda debatido na pesquisa, com posições antípodas entre os especialistas. Um aspecto interessante da LXX dos Salmos é que, ao contrário do TM, ela inclui o Salmo 151, o que também ocorre em uma testemunha encontrada em Qumran: 11QPsa. Além disso, os títulos dos Salmos divergem bastante entre a LXX e o TM. A LXX dos Salmos teve uma enorme influência no NT e na patrística, deixando uma marca perene na linguagem cristã.
As Odes foram publicadas no volume de Göttingen contendo o livro dos Salmos, sob os cuidados de Rahlfs. Elas constituem uma coleção de composições poéticas, a qual acompanha os Salmos em alguns manuscritos da LXX. Trata-se de um conjunto de hinos e orações reunidos desde outros livros da LXX e do NT, com exceção da oração de Manassés (Odes 12), uma composição original que se refere à oração daquele rei aludida em 2 Cr 33,11-13. Discute-se se esta oração foi escrita em grego ou se é a tradução de um original semítico. Interessante notar que, na tradição latina, a Oração de Manassés aparece como um apêndice a 2 Crônicas57. As Odes não fazem parte do cânon católico.
A edição de Göttingen para Provérbios ainda não foi publicada. Por outro lado, o volume de Provérbios para HBCE (Hebrew Bible: A Critical Edition) já está disponível. A tradução grega é do tipo mais livre, com tendência a expandir, refrasear e desenvolver o texto de partida da tradução. Uma questão aberta é se estas diferenças devem, de fato, serem atribuídas ao tradutor ou se eram, ao menos parcialmente, já presentes na Vorlage, sobretudo no que concerne às longas adições e expansões. No seu recente comentário (2020) ao texto grego do Codex Vaticanus, Wolters destaca ainda a diferença na posição de 30,1-9 e 30,10–31,9, passagens que, na Septuaginta, se encontram no capítulo 2458. Em todo caso, o tradutor escolheu um vocabulário poético adequado à natureza poética do livro que traduziu e demonstra boa sensibilidade literária. Ele tende a reforçar o moralismo em alguns casos e, apesar de apresentar uma boa formação helenística, tende a ser crítico em relação ao helenismo59. Tende-se a datar a tradução no final do século ii a. C.
A edição de Göttingen para Eclesiastes foi publicada sob os cuidados de Gentry (2019). A tradução grega de Eclesiastes busca um alto grau de equivalência formal com o hebraico, bem como o respeito à ordem das palavras nas frases, ao ponto que na história da pesquisa a LXX de Eclesiastes chegou a ser associada ao trabalho de Áquila, tradutor cuja literalidade atinge um grau inaudito. Hoje, contudo, prefere-se identificar a LXX de Eclesiastes com o grupo Kaige. No caso de Eclesiastes, porém, Kaige parece estar relacionado com a tradução original, e não com uma revisão da OG como ocorre em Sam-Re e nos profetas menores. Parece ter sido um dos últimos livros da LXX a serem traduzidos entre os séculos i-ii d. C. Há um grupo de manuscritos reconhecido como luciânico também em Eclesiastes60. Apesar da literalidade, o tradutor utilizou uma gama variada de vocabulário, com um alto número de hapax legomena na LXX. O texto hebraico que serviu de base à tradução é próximo do TM, com pequenas diferenças. Além dos grandes unciais, como Codex Vaticanus e Codex Sinaiticus, uma testemunha importante é o papiro 998, datado em torno do ano 300 d. C.
A edição de Göttingen para o Cântico dos Cânticos ainda não foi publicada. A tradução grega, baseada em uma Vorlage muito próxima ao TM, é de tipo mais literal, com grande apego à ordem do texto hebraico, forte influência da sintaxe da língua de partida da tradução e pouca variação no vocabulário. Um dos efeitos desta técnica de tradução em um livro poético como o Cântico é que muito da qualidade literária do original se perde na versão grega. Apesar disso, a LXX do Cântico dos Cânticos contém um grande número de hapax legomena na LXX devido ao fato de que o próprio texto hebraico possui muitos hapax. Na história da pesquisa, reconheceu-se a pertença da LXX do Cântico dos Cânticos ao grupo Kaige61. Supõe-se que constituiu uma das últimas traduções entre os livros da LXX, tendo ocorrido no século i d. C. Muitos manuscritos da LXX incluem rubricas para indicar qual personagem discursa em cada trecho do livro. Não há muitos sinais de uma teologia ou exegese particular do tradutor na LXX do Cântico62; o seu objetivo foi exprimir, em modo mais fiel e neutro possível, o texto da Vorlage. Embora a LXX do Cântico não tenha tido impacto no NT, teve uma presença significativa na patrística a partir do século iii.
A edição de Göttingen para Jó, sob os cuidados de Ziegler, já foi publicada (1982). A tradução grega de Jó é significativamente mais breve do que o texto hebraico (aproximadamente um sexto mais curto)63 e pode ser descrita como mais livre do que a maior parte das traduções na LXX, comparável à tradução de Provérbios, resultando em um grego de bom nível, com amplo vocabulário e respeito à sintaxe da língua de chegada. Devido a esta característica da tradução, é difícil usar a LXX de Jó para a crítica textual do texto hebraico subjacente. O texto grego contém uma adição em 2,9 com um discurso da mulher de Jó e outra em 42,17, uma espécie de apêndice. No entanto, o mais comum é que o texto grego abrevie o hebraico, reduzindo a repetitividade presente na Vorlage, provavelmente muito semelhante ao TM. Mais do que tradutor, o responsável pela LXX de Jó age como um editor criativo do texto. Frequentemente, o tradutor recorre a expressões em outras partes do livro ou em outros livros da LXX, ao invés de traduzir exatamente os termos do versículo em que está trabalhando64. Discute-se se a tradução data do século i ou ii a. C. Uma curiosidade com relação ao texto grego de Jó é que o texto hexaplárico, trabalhado por Orígenes, é encontrado também nos grandes unciais e em quase a totalidade das testemunhas textuais. Isto significa que o texto encontrado na maior parte dos manuscritos completa aquilo que havia sido abreviado na tradução grega original, adicionando partes da tradução de Teodocião. O texto grego original foi preservado, contudo, pela versão copta (saídico), através da qual pode-se recuperar a OG. Além disso, há uma revisão luciânica do texto de Jó (da qual Codex Alexandrinus é representante) baseada no texto já revisado da Héxapla.
A edição de Göttingen para Sabedoria, sob os cuidados de Ziegler, já foi publicada (segunda edição de 1980). Supõe-se que o livro foi escrito em Alexandria, muito embora a datação seja ainda discutida, com alguns especialistas sustentando que a obra é do século i a. C., outros que é do século i d. C.65 O vocabulário utilizado no livro da Sabedoria é muito variado, de um teor filosófico e distinto do resto da LXX, o que é uma indicação a mais de que o livro foi composto diretamente em grego, não é uma tradução de um original hebraico66. Trata-se de um grego koiné de nível literário, o que aponta para a boa formação intelectual e filosófica do autor. Codex Vaticanus e Codex Sinaiticus são considerados as duas testemunhas mais importantes. Como se sabe, o livro faz parte do cânon católico das escrituras, mas não é tido como oficial no Judaísmo.
Para Sirácida, a edição de Göttingen, sob os cuidados de Ziegler, já foi publicada (segunda edição de 1980). A tradução deve ter sido realizada no final do século ii a. C. no Egito. No prólogo da obra, escrito em bom grego koiné, o tradutor se identifica com o neto do autor original do livro. No restante da obra, porém, a tradução é feita palavra por palavra, resultando em um grego pouco idiomático e muito inferior ao do prólogo67. A reprodução de estruturas da Vorlage hebraica que serviu de base à tradução pode ser vista quando se compara o texto grego com o remanescente do texto hebraico. A situação textual de Sirácida é considerada uma das mais complexas do AT. Muito embora existam testemunhas de um texto hebraico para cerca de dois terços do livro (manuscritos encontrados na Geniza do Cairo, em Massada e em Qumran), o hebraico é testemunhado em duas versões diferentes, uma das quais é expansiva. O mesmo ocorre com o grego, que conta com duas versões, uma mais breve e outra mais longa68. Os textos gregos invertem a posição dos trechos de 30,25–33,13a e 33,13b–36,16a. Em todo caso, o tradutor não imprimiu uma teologia ou exegese distinta na tradução. O livro, incluído no cânon católico, não foi acolhido no Judaísmo.
Não há ainda um volume da edição de Göttingen para os Salmos de Salomão. A obra constitui uma coleção de 18 hinos atribuídos ao rei Salomão. Discute-se se estes salmos foram compostos em períodos diferentes por vários autores ou se têm autoria única. A presença de semitismos no grego desta obra é um argumento para os autores que defendem a existência de um original hebraico, hoje perdido, para a obra. Contudo, parte dos especialistas sustenta que o livro foi escrito originalmente em grego. Há poucas referências aos Salmos de Salomão na patrística. O livro não é incluído no cânon católico. Embora conste no índice do Codex Alexandrinus, a obra perdeu-se juntamente com uma parte do texto deste manuscrito69.
Também nos livros proféticos reaparecem questões relacionadas com Kaige e com o texto luciânico. Além disso, encontramos uma grande disparidade entre textos traduzidos com um enorme grau de literalidade e aqueles traduzidos muito livremente.
A edição de Göttingen para os profetas menores, sob os cuidados de Ziegler, já foi publicada (a editio altera, de 2013, com a participação de F. Albrecht, corrige a primeira edição de Ziegler em vários pontos). Acredita-se que o livro dos Doze Profetas tenha tido um único tradutor grego. A ordem dos livros no TM e na LXX diverge com relação aos seis primeiros profetas, Oseias-Joel-Amós-Abdias-Jonas-Miquéias para o TM e Oseias-Amós-Miquéias-Joel-Abdias-Jonas para a LXX. A ordem do TM é já utilizada em manuscritos dos séculos ii-i a. C. encontrados em Qumran. Um efeito importante para o leitor da LXX é que o dia do Senhor, que é o dia do juízo e da punição, tratado em Joel aparece após a mensagem de paz e reconciliação em Miquéias, enquanto no TM a última palavra é justamente a paz prometida por este. A tradução grega original, provavelmente do século ii a. C., é de tipo mais literal, segue a ordem das palavras do hebraico e apresenta semitismos. Ao mesmo tempo, a tradução conta com uma boa variedade de vocabulário, a qual aponta para uma alta competência linguística do tradutor. A Vorlage hebraica era provavelmente muito próxima, mas não idêntica, ao TM. Uma das questões relevantes com relação à LXX dos profetas menores é que foi encontrado em Nahal Hever, um dos sítios arqueológicos no deserto da Judeia, um manuscrito grego do século i d. C., 8HevXIIgr, com uma revisão do grego original para aproximar a tradução ao TM, o texto chamado Kaige70. Além disso, encontra-se nos profetas menores também testemunhas de um texto luciânico71.
A edição de Göttingen para Isaías, sob os cuidados de Ziegler, já foi publicada (segunda edição de 1967). Diversamente do que acontece na maioria dos livros bíblicos, Codex Vaticanus é uma testemunha de um texto eivado de leituras hexapláricas e, portanto, com muitas leituras secundárias. Codex Alexandrinus é tido como uma testemunha preferível para este livro. O grego koiné da LXX de Isaías é de um estilo superior à maioria dos textos da LXX, contando com uma certa variedade de vocabulário, atenção ao contexto e respeito à sintaxe da língua grega. Trata-se de uma tradução mais livre, menos literal, de uma Vorlage hebraica não muito diversa do TM, embora contenha variantes72. Geralmente se aceita que o livro tenha sido traduzido em Alexandria, Egito, no século ii a. C., embora um grande estudioso deste texto, A. van der Kooij, tenha sustentado recentemente que Isaías fora traduzido em Heliópolis, no Egito73. Muito se escreveu (e continua em debate) sobre possíveis nuances teológicas e exegéticas presentes na tradução vis a vis o TM. Tais temas foram tratados também por dois pesquisadores brasileiros, R. F. de Sousa (2010) e W. A. Cunha (2014), os quais publicaram recentemente suas teses doutorais sobre a LXX de Isaías, escritas, porém, em língua inglesa74. A LXX de Isaías é uma das obras mais citadas no NT e com profundo impacto na nascente teologia cristã, como o anúncio de que uma virgem conceberia em Is 7,14 e o cântico do servo sofredor.
Também para Jeremias, a edição de Göttingen, sob os cuidados de Ziegler, já foi publicada (segunda edição de 1976). Supõe-se que a tradução tenha sido realizada na primeira metade do século ii a. C. em Alexandria. A LXX de Jeremias possui a particularidade de constituir um texto cerca de 15% mais breve do que o TM e com uma ordem diferente75, uma característica desde sempre conhecida. Acreditava-se que o tradutor grego teria reduzido o texto produzindo uma versão abreviada do livro. A novidade a partir das descobertas em Qumran foi que um texto hebraico com as mesmas características da LXX de Jeremias, 4QJerb, veio à luz, demonstrando que o tradutor não foi infiel ao TM, mas sim traduziu fielmente um texto hebraico diferente. As duas versões configuram duas edições diferentes do livro, pois não se trata de diferenças isoladas e desconectadas, mas apresentam intenções distintas e distintas macroestruturas, como demonstrou recentemente R. Weis76. A maioria dos especialistas admite que a versão da LXX é mais antiga do que a do TM. Um outro elemento característico da LXX de Jeremias é que o texto grego possui estilo e léxico diferentes a partir do capítulo 29. Tov desenvolveu a tese, contestada por parte dos especialistas, de que este fenômeno é provavelmente resultado não apenas do trabalho de um único tradutor para todo o livro, mas também de um revisor que teria modificado a tradução original em Jer 29–5277. Este revisor não seria do tipo encontrado em textos Kaige. Em todo caso, pode-se dizer que a tradução em ambas as partes do livro é de um teor mais literal, com muitos semitismos e uma forte aderência à Vorlage hebraica. Os desvios da tradução em relação à Vorlage têm a ver mais com exegese ou teologia do tradutor do que com considerações de estilo do grego. Em muitos casos em que o hebraico é difícil ou obscuro, o tradutor, ao invés de traduzir, optou por dar simplesmente uma transliteração em grego. A LXX de Jeremias teve significativo impacto no NT sobretudo no tratamento do tema da nova aliança (Jer 38,31).
A edição de Göttingen para Baruch é a mesma de Jeremias, sob os cuidados de Ziegler. Discute-se se Baruch é uma composição grega ou, dada a presença de hebraísmos, se configura uma tradução de um original de um texto hebraico perdido (ao menos para 1,1–3,8)78. As datações propostas para a obra variam entre o século i a. C. e o século i d. C. Embora ausente do Codex Sinaiticus, o texto de Baruch é testemunhado pelo Codex Vaticanus, Codex Alexandrinus e Codex Venetus. Na maioria das testemunhas textuais, Baruch aparece entre os livros de Jeremias e Lamentações. Não há citações de Baruch no NT ou nos primeiros padres da patrística, mas a obra foi acolhida no cânon católico.
A edição de Göttingen para Lamentações é a mesma de Jeremias, sob os cuidados de Ziegler. A LXX de Lamentações é uma tradução de tipo mais literal, palavra por palavra, de um texto hebraico próximo ao TM79. Como Orígenes afirmara que as versões de Áquila e Teodocião de Lamentações não foram preservadas, discutiu-se na história da pesquisa se a LXX de Lamentações, na realidade, não seria obra de Teodocião, uma teoria que não obteve consenso. A busca de equivalência quantitativa, entre outros fatores, assemelha a técnica de tradução deste livro àquela do grupo Kaige, grupo ao qual pertence a LXX de Lamentações. A tradução deve ser datada entre a segunda metade do século i a. C. e a primeira metade do século i d. C. O tradutor acrescentou um prólogo ao texto atribuindo-o a Jeremias, algo ausente no texto hebraico. Este fato muda o modo de interpretar os textos de Lamentações, escritos em primeira pessoa.
O volume de Göttingen para a Epístola de Jeremias é o mesmo de Jeremias, sob os cuidados de Ziegler. Em alguns manuscritos da LXX a Epístola aparece após Lamentações, enquanto em outras testemunhas ou versões é colocada após Baruch ou até mesmo como parte do livro de Baruch (capítulo 6 de Baruch). A discussão quanto à natureza do texto, se se trata de uma tradução de um original hebraico ou de uma composição grega, não chegou ainda a uma conclusão segura80. Trata-se, em todo caso, de bom grego koiné, superior ao encontrado na maior parte dos livros da LXX. Há traduções da Epístola de Jeremias em latim e siríaco, respectivamente a Vetus Latina e a Peshitta. A obra faz parte do cânon católico.
A edição de Göttingen para Ezequiel, sob os cuidados de Ziegler e Fraenkel, já foi publicada (segunda edição de 1978). Além dos grandes unciais, uma testemunha textual importante para a LXX de Ezequiel é o papiro 967, datado entre os séculos ii-iii. Não apenas o referido papiro é considerado uma das testemunhas mais importantes da LXX de Ezequiel, como também uma prova da existência de uma Vorlage hebraica diferente do TM81. Reconhece-se em Ezequiel a existência de um texto de tipo luciânico ao lado das outras tradições textuais. A LXX de Ezequiel é cerca de 5% mais breve que o TM. A tradução do ii século a. C. é de tipo mais literal e as diferenças entre a LXX e o TM de Ezequiel são provavelmente devidas à Vorlage diversa, não ao tradutor. A Vorlage da LXX de Ezequiel é comumente considerada como anterior ao TM. Também em Ezequiel nota-se uma diferença na técnica de tradução em uma seção do livro (às vezes definida como iniciando no capítulo 26, às vezes no capítulo 28, e terminando no capítulo 39) o que levou Thackeray no passado a sugerir um diferente tradutor para esta seção82, enquanto outros autores preferem falar em um revisor para estes capítulos. Barthélemy reconheceu as semelhanças entre Ez 28–39 e o grupo Kaige, muito embora o texto não pertença propriamente ao grupo. Em todo caso, a questão do número de tradutores deste livro continua aberta. O tradutor transliterou muitos termos difíceis do hebraico e adotou muitos semitismos. Argumentou-se no passado que a LXX de Ezequiel apresenta uma tendência a acentuar ideias messiânicas, o que foi contestado sobretudo por Lust83. A LXX de Ezequiel teve uma influência considerável no NT, sobretudo no livro do Apocalipse.
Também para Daniel, a edição de Göttingen, sob os cuidados de Ziegler e Munnich, já foi publicada (segunda edição em 1999). Existem duas versões gregas, a chamada OG e aquela de Teodocião, com a diferença de que a primeira constitui uma tradução mais livre do que a segunda, com uso de um vocabulário mais variado, mudanças na ordem das palavras e a tentativa de se evitar parataxe, muito embora o resultado em ambos os casos seja um grego não idiomático. A OG conta com um número pequeno de testemunhas textuais, já que a versão de Teodocião predominou na transmissão manuscrita da obra. A OG posiciona a história de Susana no início do livro, diferentemente de Teodocião, que a coloca após o capítulo 12. Enquanto Teodocião se relaciona com o hebraico do TM, a OG se baseou em uma outra Vorlage hebraica. Além das diferentes técnicas de tradução ao longo do livro, a OG e Teodocião do livro de Daniel apresentam grandes diferenças nos capítulos 4–6. A OG deve ter sido traduzida durante o século i a. C. A questão do chamado proto-Teodocião se relaciona com o texto grego de Daniel, pois foi a presença de citações da versão de Teodocião de Daniel no NT, ou seja, antes do período de Teodocião, que provocou a noção de um “Teodocião antes de Teodocião”. Este proto-Teodocião foi relacionado na história da pesquisa com Kaige. A sugestão de Barthélemy de que Teodocião em Daniel faz parte do grupo Kaige foi posteriormente contestada por McLay84.
As adições ao livro de Daniel, ou seja, Susana, Bel e o Dragão, a Oração de Azarias e o Cântico dos Três Jovens, são incluídas no volume de Göttingen para Daniel. Estas adições não se encontram no TM. As adições possuem um estilo semelhante à OG de Daniel. Provavelmente foram compostas em grego como parte da versão grega original (OG) de Daniel e, assim, teriam a mesma datação da tradução85. Enquanto na versão de Teodocião de Daniel a história de Susana é colocada ao início, na OG e na Vulgata ela aparece após o capítulo 12. A Oração de Azarias e o Cântico dos Três Jovens formam uma expansão relacionada à história de Misael, Ananias e Azarias e inserida entre Dn 3,23 e 3,24 (TM). A história de Bel e o Dragão forma uma espécie de apêndice ao livro. Em Susana, há diferenças entre a OG e a versão de Teodocião, sobretudo no que concerne o número de versículos, a posição de alguns deles e o final da história (na OG um anjo lança fogo sobre os anciãos, enquanto em Teodocião é o povo quem os mata). Também na Oração de Azarias e o Cântico dos Três Jovens há diferenças em número e ordem de versículos entre a OG e Teodocião. Estas adições a Daniel são citadas por autores da patrística desde Justino e fazem parte do cânon católico.
Este breve olhar sobre a situação da LXX para os vários livros que a compõem, incluídos ou não nos cânones judaico, católico ou ortodoxo, torna evidente o caráter heterogêneo daquilo que designamos por Septuaginta. Além disso, este estudo deixa claro quanto ainda há por fazer no campo dos estudos da Septuaginta em todos os níveis, desde a preparação das edições críticas até o seu uso para a crítica textual do texto hebraico, passando pelos estudos sobre a origem das traduções originais (a OG de cada livro) e das subsequentes revisões delas, estudos sobre a técnica de tradução e língua da LXX e estudos sobre a história da recepção do texto grego da LXX no NT, na patrística e na teologia cristã. A LXX apresenta uma complexidade desafiadora, mas, ao mesmo tempo, uma riqueza indispensável para os estudiosos da Bíblia, da teologia, da língua grega e da história do judaísmo e do cristianismo.
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[recibido: 01/11/20 – aceptado: 15/03/21]
1 O leitor iniciante pode encontrar uma boa introdução a muitos dos temas tratados neste artigo em Fernández Marcos, Introducción a las versiones griegas.
2 Aitken (ed.), T&T Clark Companion.
3 Kreuzer, Handbuch zur Septuaginta.
4 de Sousa, “Septuagint Studies”.
5 Pessoa da Silva Pinto, “Redescobrindo a Septuaginta”.
6 Kim, Multiple Authorship, 159-160. Contra van der Louw, “The Unity”, 283-284. Tratarei este tema em detalhe numa futura contribuição.
7 Lee, A Lexical Study.
8 Evans, Verbal Syntax.
9 Wevers, Notes on the Greek Text of Genesis; Notes on the Greek Text of Exodus; Notes on the Greek Text of Leviticus; Notes on the Greek Text of Numbers; Notes on the Greek Text of Deuteronomy.
10 A expressão “texto luciânico” se refere a uma revisão da tradução original com a intenção de melhorar linguisticamente o grego original e cuja forma final se encontraria a partir do século iv d. C. Este tipo de texto será importante sobretudo na discussão dos livros históricos.
11 Tov, “The Septuagint”, 47-64.
12 O termo alemão Vorlage é utilizado nos estudos da Septuaginta para indicar o texto (hebraico) que teria servido de base para a tradução grega. No caso de muitos livros bíblicos, esta base ou modelo divergia consideravelmente do hebraico do texto massorético.
13 Aejmelaeus, “What Can We Know”, 86.
14 Salvesen, “The Tabernacle”, 555-571.
15 Lo Sardo, Post-Priestly.
16 O’Connell, The Theodotionic Revision, 274-285.
17 Himbaza, “Quelle est la Septante”, 22-33; “What are the Consequences”, 294-308.
18 Awabdy, Leviticus, 46.
19 Fernández Marcos – Spottorno Díaz-Caro – Cañas Reíllo (eds.), La Biblia griega Septuaginta. I. Pentateuco, 295.
20 Voitila, “The Translator”, 108-121.
21 Fernández Marcos – Spottorno Díaz-Caro – Cañas Reíllo (eds.), La Biblia griega Septuaginta. I. Pentateuco, 379.
22 Wevers, “The LXX”, 57-89.
23 Margolis, The Book of Joshua in Greek.
24 Fernández Marcos et al. (eds.), La Biblia griega Septuaginta. II. Libros históricos, 22.
25 Van der Meer, Formation, 523.
26 Greenspoon, Textual Studies.
27 Frequentemente, apontada como a mais literal e menos idiomática de toda a LXX, com a ressalva, porém, de que a tradução encontrada no texto luciânico (mais próximo da OG) é muito menos literal do que os textos impressos na edição de Rahlfs; cf. Fernández Marcos, “The Hebrew and Greek Texts”, 14-15.
28 Fernández Marcos et al. (eds.), La Biblia griega Septuaginta. II. Libros históricos, 79-80.
29 Bodine, The Greek Text.
30 Grosso modo, revisão ou recensão hexaplárica se refere àquela que resultou do trabalho de Orígenes, a chamada Hexaplá. Orígenes comparou o texto grego a um texto hebraico de tipo (proto)-massorético e sinalizou no texto grego, por meio de sinais diacríticos, passagens que faltavam no hebraico ou que, pelo contrário, eram presentes no texto hebraico, mas ausentes do grego. Quanto a estas últimas, completou no texto grego o que faltava utilizando outras traduções gregas antigas baseadas no hebraico proto-massorético, aquelas de Áquila, Símaco e Teodocião. Devido à imprecisão no processo de cópia dos sinais adicionados por Orígenes, os manuscritos derivados do seu trabalho não distinguem corretamente o texto grego com o qual operou das adições provenientes de outras fontes, resultando em um texto grego mais próximo do texto hebraico do que aquele da OG.
31 Bons, “Ruth”, 202.
32 Veja-se o resumo da história da pesquisa sobre Kaige e o texto luciânico nos livros de Samuel em Pessoa da Silva Pinto, Different Literary Editions, 19-53.
33 Fernández Marcos et al. (eds.), La Biblia griega Septuaginta. II. Libros históricos, 195.
34 Trebolle Barrera, “The Hebrew Editing Process”, 97.
35 Veja-se, por exemplo, as considerações sobre a Vetus Latina feitas em Trebolle Barrera, “Readings of the Old Latin”, 120-145.
36 Shenkel, Chronology.
37 Good, The Septuagint’s Translation.
38 Allen, The Greek Chronicles, 141.
39 Veja-se os artigos publicados em Fried, Was 1 Esdras First.
40 Fernández Marcos et al. (eds.), La Biblia griega Septuaginta. II. Libros históricos, 592.
41 Janz, “The Second Book of Ezra”, 153-170.
42 São elas: Adição A, antes de Est 1,1; Adição B, após Est 3,13; Adição C, após Est 4,17; Adição D, a qual substitui e expande Est 5,1-2; Adição E, após Est 8,12; Adição F, após Est 10,3.
43 Veja-se a análise das diferenças narrativas entre as duas versões em Vialle, Une analyse.
44 Fernández Marcos et al. (eds.), La Biblia griega Septuaginta. II. Libros históricos, 647.
45 Veja-se a posição de Corley, “Septuagintalisms”, 65-96.
46 Bons, “The Language”, 393-406.
47 Weeks, “Restoring the Greek Tobit”, 1-15.
48 Neuhaus, Studien, 47-50.
49 Fernández Marcos et al. (eds.), La Biblia griega Septuaginta. II. Libros históricos, 788.
50 Schwartz, 2 Maccabees, 57.
51 Shaw, “The Language”, 409.
52 Orth, “Makkabaion III”, 315.
53 Kugelmeier, “Sprache und Stil”, 422.
54 DeSilva, 4 Maccabees, xi-xii.
55 Albrecht, “Report”, 201-220.
56 Munnich, “Contribution”, 190-220; “La Septante”, 75-89.
57 Horst – Newman, Early Jewish Prayers, 148.
58 Wolters, Proverbs, 1.
59 Cook, “The Septuagint of Proverbs”, 349-365.
60 Gentry, “Ekklesiastes”, 390-391.
61 Fernández Marcos, “La lectura helenística del Cantar”, 102.
62 Auwers, “Le traducteur”, 161-168.
63 Fernández Marcos et al. (eds.), La Biblia griega Septuaginta. III. Libros poéticos y sapienciales, 416.
64 Dhont, Style and Context, 27.
65 Mazzinghi, “The Style of the Book of Wisdom”, 386.
66 Fernández Marcos et al. (eds.), La Biblia griega Septuaginta. III. Libros poéticos y sapienciales, 501-502.
67 Fernández Marcos et al. (eds.), La Biblia griega Septuaginta. III. Libros poéticos y sapienciales, 554-555.
68 Para maiores detalhes sobre a relação entre as diversas formas do texto, veja-se Gile, “The Additions”, 237-256.
69 Wright, Psalms of Solomon, 25.
70 Barthélemy, Les devanciers.
71 Albrecht, “Die lukianische Rezension”, 87-108.
72 Troxel, LXX-Isaiah, 75.
73 van der Kooij, “The Septuagint of Isaiah”, 63-85.
74 de Sousa, Eschatology; Cunha, LXX Isaiah 24:1-26:6.
75 Fernández Marcos et al. (eds.), La Biblia griega Septuaginta. III. Libros proféticos, 228.
76 Weis, “An Analysis of the Structure of LXX of Jeremiah”, 245-267.
77 A tese de Tov não encontrou, todavia, consenso entre os especialistas e alguns rejeitam como incerta a ideia de uma revisão nestes capítulos. Cf. Soderlund, The Greek Text, 153-192.
78 Ryan, “Baruch”, 487-499.
79 Para um tratamento que confirma o teor literal desta tradução, mas ao mesmo tempo mostra a atenção do tradutor a nuances do estilo da língua grega, veja-se Kotzé, “The Greek Translation”, 77-95.
80 Wright, “The Epistle of Jeremiah”, 126-142.
81 Lilly, Two Books of Ezekiel, 301-302.
82 É a posição de McGregor, The Greek Text.
83 Veja-se, por exemplo, Lust, “‘And I Shall Hang Him”, 231-250.
84 McLay, “‘Kaige’”, 127-139.
85 Lahey, “The Additions”, 555-567.